A definição de ergonomia para é o estudo da adaptação do trabalho ao homem. A adaptação sempre ocorre do trabalho para o homem, apesar de ser muito mais fácil adaptar o homem ao trabalho. Isso significa que a ergonomia parte do conhecimento do homem para fazer o projeto do trabalho, ajustando-o às capacidades e limitações humanas.
Segundo Wisner (1987, p.12) ergonomia é o conjunto de conhecimentos científicos relativos ao homem e necessários para a concepção de ferramentas, máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficácia.
A atividade do ergonomista consiste na análise do trabalho, sendo uma das metodologias utilizadas, a análise ergonômica do trabalho (AET). A AET consiste de três fases: análise da demanda, análise da tarefa e análise das atividades, que devem ser realizadas empiricamente numa situação real de trabalho (Santos e Fialho, 1997, p.24).
Análise da Demanda
É uma fase sempre importante do estudo ou da pesquisa: deve-se analisar entre outros pontos, a origem da demanda, os problemas, as perspectivas de ação e os meios disponíveis.
A análise da demanda tem o objetivo de definir o problema a ser estudado. Nesta fase,os primeiros dados da situação de trabalho são levantados, permitindo a formulação da hipótese inicial (Santos e Fialho, 1997, p.55).
Análise da Tarefa
Para Montmollin (1990, p. 29), tarefa é o que se apresenta ao trabalhador como um dado, ou seja, as instruções repassadas ao funcionário, às quais espera-se que ele obedeça. Há necessidade de distinção entre trabalho real e trabalho prescrito.
Conforme Daniellou et al, (1989, p. 8), a diferença entre tarefa (trabalho prescrito) e o trabalho real, existe em todas as situações de trabalho. As normas não estimam os incidentes, as sub-operações suplementares, as variações da tarefa (imprevistos).
O essencial da intervenção ergonômica francesa são os métodos específicos de análise do trabalho humano, onde ele realmente acontece, no próprio local de trabalho e não em laboratório (Montmollin, 1990, p. 34)
Análise da Atividade
A análise da atividade trata de avaliar o trabalho, comportamento do trabalhador. É a observação da interação, do relacionamento do homem com sua tarefa e com seus meios de trabalho (Santos e Fialho, 1997, p. 180).
Em relação à análise da atividade, Wisner (1987, p. 79) julga de considerável importância o que o operador relata sobre seu trabalho, não representando indicações diretas, mas expressão de atitudes.
Referências Bibliográficas:
SANTANA, A. M. C. A abordagem ergonômica como proposta para melhoria do trabalho e produtividade em serviços de alimentação . 1996. 223 f. Dissertação (Mestre em Engenharia de Produção). Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção,Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Florianópolis.
DANIELLOU, F.; LAVILLE, A.; TEIGER, C. Ficção e realidade do trabalho operário. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional. v. 17, n. 68, p. 7-13, out./nov./dez., 1989.
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